domingo, junho 15, 2025
Rio Grande do Norte

‘Nosso problema é a incerteza’, diz secretário de Natal em Israel; saída pela Jordânia é estudada

Foto: Reprodução

O titular da Secretaria de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, atualizou a sua situação em Israel neste sábado (14) e contou que a comitiva brasileira presente no país avalia, junto com autoridades locais e brasileiras, a saída por alguma nação vizinha para que possam voltar ao Brasil. Na região próximo à cidade de Tel Aviv, onde está, as atividades não essenciais seguem suspensas desde a madrugada da sexta-feira (13), quando os ataques foram iniciados. A recomendação do governo local é para que todos permaneçam em casa.

O secretário explica que os prováveis locais de saída de Israel são pela Jordânia, Chipre ou Egito, sendo o primeiro o destino mais provável. “Talvez seja mais viável a saída pela Jordânia, porque existem boas relações do Brasil com o governo da Jordânia, com o príncipe da Jordânia, que estaria se colocando à disposição para dar todo o apoio assim que nós entrarmos na fronteira. Leva cerca de 4h30 de carro até lá”, explicou ele. De lá, a comitiva esperaria o espaço áereo abrir, já que se encontra fechado assim como Israel, ou seguiria até à Arábia Saudita, de onde pegariam um voo de volta para oo Brasil.

Vagner conta que lidar com a imprevisibilidade do conflito é a maior preocupação do grupo de brasileiros. Uma reunião entre representantes dos Estados Unidos e Irã estava agendada para este sábado (14), mas o Irã anunciou que não irá participar, o que postergou ainda mais as chances de resolução do conflito. “Esse conflito não tem previsão diplomática de se resolver nos próximos dias”, destacou o secretário da capital potiguar.

Ele explica que o governo israelense deixa à disposição dos estrangeiros a escolha de sair do país, ou permanecer e aguardar a resolução do conflito, mas diante da imprevisibilidade, o secretário, junto a outras pessoas, já anunciaram a escolha de sair do país. “O nosso problema é essa incerteza, é não saber quando a questão vai se normalizar. O risco de ficarmos aqui, sem saber quando vamos sair, se essa guerra pode escalar, aumentar, e as coisas ainda piorarem para quem permanecer aqui”, conta Araújo, temendo a existência de fatores surpresa, como armas nucleares.

A ida de Araújo a Israel se deve ao cumprimento de uma agenda iniciada no último dia 10 de junho, voltada à inovação urbana, segurança cidadã e cidades inteligentes. A comitiva brasileira é formada por 18 pessoas, e o grupo de estrangeiros conta também com cerca de outros 15 representantes de outros países que também estão participando da programação a convite do governo israelense.

Tribuna do Norte