Pesquisador do RN é aprovado em programa de doutorado no Reino Unido e Singapura

Com apenas 25 anos, o biomédico Wellydo Escarião alcançou uma conquista de proporções globais, foi aprovado em um concorrido programa de doutorado em Ciências Biomédicas promovido em parceria entre duas instituições de excelência, o King’s College London, no Reino Unido, e a A*STAR Singapore, em Singapura. O programa tem duração de quatro anos e exige que o estudante divida seu tempo entre os dois países, sendo obrigatória a permanência em Singapura por 18 meses.
Natural de Santa Luzia, no sertão paraibano, Wellydo radicou-se no Rio Grande do Norte ainda na adolescência, concluindo o ensino médio na cidade de Goianinha, no interior do estado. Anos depois, formou-se em Biomedicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente, é mestrando no Programa de Pós-graduação em Neuroengenharia do Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba, onde estuda o envelhecimento e a epigenética do sistema nervoso central em primatas, sob orientação do professor pesquisador Felipe Fiuza.
“A agem pelo ISD mudou minha forma de encarar o mundo e buscar soluções para os problemas que enfrentamos, seja no dia a dia ou no contexto da produção científica”, afirma Wellydo. Segundo ele, a experiência multidisciplinar vivida na instituição foi essencial para prepará-lo para os desafios do doutorado. “Acredito que essa base sólida vai me ajudar a desenvolver novos conhecimentos, que peram pelo universo da neuroengenharia e da análise computacional”.
Doutorado no exterior
Ainda no mestrado, Wellydo participou de mentorias promovidas por instituições brasileiras, em parceria com renomadas universidades estrangeiras, que orientam estudantes interessados em programas de doutorado fora do país. Escreveu cartas de motivação para diferentes seleções internacionais até conquistar uma das três bolsas de estudo, disponibilizadas para estudantes de todo o mundo, pelo programa da King’s College London e da A*STAR Singapore.
A previsão é que Wellydo se mude para o Reino Unido em outubro, quando está previsto o início do seu doutorado. O projeto aprovado tem como objetivo a investigação de um dos tipos mais agressivos de tumor cerebral: o glioblastoma multiforme (GBM), que pode levar à morte em seis meses ou menos, se não for tratado.
A pesquisa propõe a utilização de nanointerfaces e ferramentas computacionais para investigar a doença em nível celular e molecular. A perspectiva é de criar ferramentas que não apenas ampliem a compreensão sobre os mecanismos moleculares da doença, mas que também abram caminhos para tratamentos mais eficazes.
Vaquinha para custear permanência fora do Brasil
Apesar da aprovação, o estudante ainda enfrenta um grande desafio: conseguir apoio financeiro para custear a mudança e a permanência no exterior. A estimativa é que sejam investidos mais de R$ 30 mil apenas para vistos, agens e acomodação inicial.
Por isso, o estudante lançou uma campanha de financiamento coletivo (vaquinha) online e está vendendo livros e CDs que colecionava para ajudar na mudança para o Reino Unido.
Interessados em contribuir com a vaquinha podem realizar doações por meio da chave-pix: [email protected]. Além disso, o estudante disponibiliza informações sobre vendas de livros em seu Instagram pessoal, @kesllowd. Cada apoio conta, e ajuda a escrever mais um capítulo dessa história que começou no sertão da Paraíba, ou pelo Rio Grande do Norte e agora cruza fronteiras em nome da ciência.
Instituto Santos Dumont – Assessoria de Comunicação